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 OPERADOR SOLITÁRIO 

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OPERADOR SOLITÁRIO

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Por  mais  incrível  que possa  parecer, muitas vezes acontece de um radioamador encontrar-se diante de uma situação insólita: ser a única via de comunicação entre o local de  uma emergência e o restante do planeta...! Nessas ocasiões, a história nos tem mostrado, operadores  conscientes de  sua função e bem preparados têm tido performances dignas de elogio, até de parte de autoridades.

 

Porém, heroísmos à parte, o que se requer de um operador nesses casos extremos é um comportamento altamente sóbrio e disciplinado, uma grande capacidade organizacional e uma enorme paciência. Experiências passadas demonstraram que somente os radioamadores que optaram pela calma. Pela objetividade e pelo bom senso puderam levar a cabo “operações de emergência solo” bem sucedidas.

 

A seguir, algumas indicações a respeito, inspiradas em casos reais:

 

        ENCARE a realidade sem pânico: sua sobrevivência e a de seus companheiros depende de você e de sua estação.

 

        PENSE sempre! – em resistir a longo prazo; nunca se sabe quanto tempo o socorro vai demorar a chegar. Procure organizar um grupo apto a providenciar um mínimo de organização. Isso será muito produtivo e manterá elevado o espírito dos demais.

 

        POUPE energia, o mais que puder; tanto a sua quanto a das fontes de alimentação de seus equipamentos de rádio. Quando possível, fazer um levantamento dos veículos disponíveis na região e organizar um rodízio de baterias, mantendo a estação continuamente suprida.

 

        ESCOLHA pelo menos uma pessoa, para ser sua eventual substituta; na escuta, nos períodos em que você estiver dormindo, ou até transmitindo em emergência, no caso de você estar impossibilitado.

 

       ESTABELEÇA um esquema de prioridades nos comunicados, privilegiando a proteção de vidas humanas; só depois é que devem ser agilizados os tráfegos de outra natureza, como: pedidos de informações sobre parentes, estado de propriedades estatais ou particulares, condições de estradas, aeroportos etc...

 

        SEJA inflexível, no que diz respeito à sua atribuição de radioamador. A obrigação de efetuar salvamentos, resgates e outros auxílios à população atingida pela emergência é de exclusiva competência das autoridades constituídas, exceto nos casos de socorro pessoal e humanitário. O que deve acontecer é um bom relacionamento com esses organismos, a fim de obter-se maior agilidade na execução de tais operações, através do eventual apoio de comunicações pelo radioamadorismo.

 

       ATENHA-SE  aos fatos , nunca às emoções . A supervalorização do lado emocional dos acontecimentos pode levar a um estresse prematuro do operador e à perda do ritmo dos trabalhos. Fatos como acidentes fatais, crianças feridas, famílias desabrigadas etc... já são suficientemente deprimentes e não precisam ser “coloridos” por dramatizações via rádio. Mais uma vez, a objetividade e a calma devem ser mantidas, para que se evitem episódios sentimentalizados, atrasos nas providências, histerismo, esgotamento etc...

 

       TENTE estabelecer ligação permanente com estações de fora da área de emergência, que possam formar uma rede de apoio. Elas serão um suporte adicional, tanto para a sua operação quanto para os demais serviços empenhados no atendimento do caso.

 

        FAÇA apenas o que estiver a seu alcance. Exageros e heroísmos podem muito bem transformá-lo em mais uma das vítimas, o que só serviria para complicar ainda mais a situação.

 

        TRATE  de se alimentar e dormir o suficiente, a fim de prolongar sua resistência e evitar o estresse. Quando não houver racionamento de água ou comida, procure manter seus hábitos alimentares e uma boa hidratação, sem esquecer da higiene pessoal.

 

       SAIBA que você não é o “salvador da pátria”, portanto não deverá ser responsabilizado por eventuais atrasos, falhas ou incompetências praticados durante operações conjuntas de salvamento e/ou socorro; salvo os problemas causados diretamente por você, referentes à rádio-comunicação.

 

        ORIENTE seus vizinhos e amigos, a uma melhor compreensão de sua atividade. A conscientização deles será importante fator de proteção e de manutenção das atividades de sua estação, além de evitar que lhe confiem missões que extrapolem suas possibilidades.

 

        ATENÇÃO !: Quando se opera sozinho e sob tensão requer-se do operador um cuidado redobrado acerca das decisões a tomar; tendo em vista que toda a responsabilidade recairá única e exclusivamente sobre ele mesmo. Ademais, um erro de julgamento poderá desencadear eventuais mobilizações desnecessárias de recursos e materiais, colocação de efetivos em risco de vida etc...

 

Elaboração:  Dirceu C. Cavalcanti - PY5IP

J. Olímpio - PY5AY

Guia Operacional de Radio Emergência

Escola Paranaense de Radioamadorismo

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