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 MARCONI,  RADIOTELEGRAFISTA

     

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MARCONI, RADIOTELEGRAFISTA

 

Guglielmo Marconi

 

Em 1894, vivia em Leghorn antigo telegrafista, já idoso, Netto Marchetti, que estava ficando cego.

 

Um menino chamado Marconi, que ali morava temporariamente e ali freqüentava a escola, achou tempo para ler para o velho. Quando Marchetti verificou que o rapaz se interessava profundamente por eletricidade, teve a oportunidade de retribuir-lhe os obséquios. Ensinou-lhe o Código Morse e, como o relata a família Marconi, naquele momento e naquele lugar se cavaram os alicerces de uma carreira que enriqueceria o mundo. Num manipulador de telegrafia colocado entre potes de gerânios no peitoril de uma janela, aprendeu o menino a bater as letras do alfabeto. Ali fêz soar, pela primeira vez, os três pontos da letra “S”.

 

Sete anos e inumeráveis experimentos depois, às doze e meia horas do dia 12 de dezembro de 1901, em St. John, na Terra Nova, recebeu Marconi os mesmos três pontos, a histórica letra “S”, da estação transmissora que colocara em Polhduc, no extremo sudoeste da Inglaterra. Atravessara o Atlântico, ignorando a curvatura da Terra - proeza que muitos cientistas haviam declarado impossível. Consumara-se o triunfo do sem fio. A fama de Marconi estava assegurada.

 

A 13 de janeiro de 1902, os mais notáveis engenheiros elétricos da América reuniram-se no Waldorf Astoria de Nova Iorque para homenagear Marconi. E Marconi, por seu turno, prestou homenagem aos antigos cientistas de cuja obra fizera o seu ponto de partida. Teve o especial cuidado de citar o Professor Henry, do Instituto Smithsoniano, falecido em 1878, mas cujo nome se repete em cada poste miliário da história das comunicações.

 

Outra grande homenagem se deu no ano de 1909, quando Marconi recebeu o Prêmio Nobel da Física.

 

Marconi teve vários contatos com o Brasil e os brasileiros, mas aqueles que ficaram marcados na história foram: 1º - a iluminação do Cristo Redentor no morro do Corcovado; 2º - sua visita ao Brasil em 1935.

 

A iluminação do monumento ensejou um ato inaugural solene no ano de 1931 (tal o interesse despertado em toda a Nação). Esse interesse tornava-se ainda maior porque a luz do monumento seria ligada por Marconi, em companhia do Papa, a bordo do iate Eletra, na Itália.

 

Pelo rádio, Marconi comandou à distância os relés de comutação da energia elétrica, fazendo a ligação iluminadora, empolgante pela sua beleza e graciosidade, na data de 12 de outubro de 1931.

 

Outro contato foi o da visita de Marconi ao Brasil com o fito deliberado de inaugurar a Rádio Tupi, aparelhada com transmissor da companhia inglesa. Várias recepções foram programadas e Marconi chegou à capital paulista em meio de muita chuva, no mês de setembro de 1935. Para atender às diversas manifestações em locais diferentes, o homenageado se expôs ao mau tempo e acabou gripado, mantendo-se no leito por dois dias. Dentre as recepções feitas destacou-se a realizada no Teatro São Paulo, estabelecido numa praça do bairro da Liberdade. Ali, em meio de festiva solenidade, foi-lhe entregue o título de Cidadão Honorário de São Paulo. Nessa noite, Marconi sofreu uma crise de angina pectoris.

 

Em 1937, no mês de março, essa crise repetiu-se. No dia 17 de junho desse ano, fez uma visita ao Papa, sendo recebido em Castelgandolfo. No dia seguinte acompanhou, até a estação de Roma, os seus familiares que se destinavam a Viareggio. Marconi permaneceu em Roma e no mesmo dia teve outra crise de angina, da qual não mais se refez, falecendo na capital italiana às 3h45min no dia 19 de junho de 1937, aos 63 anos de idade.

 

 

Colaboração: IVAN DORNELES RODRIGUES - PY3IDR 

email:  ivanr@cpovo.net 

 


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