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 PIONEIROS RADIOAMADORES CATARINENSES

   

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PIONEIROS RADIOAMADORES CATARINENSES

 

TUDO COMEÇOU A 70 ANOS

 

Nos idos de 1930, já funcionavam no País, a despeito das dificuldades materiais e técnicas e à revelia de quaisquer normas jurídicas, várias estações de radioamadores.

 

Tais estações de construção caseira, dos tempos heróicos do radioamadorismo, operaram verdadeiros milagres em matéria de DX. Os recursos disponíveis exigiam verdadeiros prodígios de improvisação. Mas, foi graças à pertinácia desses pioneiros, que o radioamador dos nossos dias tem a sua disposição toda uma gama de equipamentos sofisticados e recursos apenas limitados por sua imaginação e sua disponibilidade financeira.

 

Assim é que, no ano de 1935, quando foram baixadas as primeiras normas legais específicas, já funcionavam em Santa Catarina sete estações, das quais quatro na cidade de Joinville e uma nas cidades de Blumenau, São Francisco do Sul e Itajaí.

 

As estações legalmente licenciadas eram operadas por PY2QB, João Medeiros Júnior, de Blumenau; PY2QC, José Ferreira de Barros, de São Francisco do Sul; PY2QE, Sadi Rollim Magalhães, de Itajaí; PY2QD, Rodolfo Alexandre Schlemm; PY2QF, Wolfgang Brosig; PY2QG, Abílio Gonçalves e PY2QH, Átila Lopes Trovão, todos de Joinville.

 

Esses colegas foram os pioneiros do radioamadorismo em Santa Catarina. A eles pertence a glória de terem plantado a semente da árvore frondosa em que se transformou a LABRE em nosso Estado.

 

Foi em 1936 que, estando o País dividido em nove distritos, dos quais o 5º compreendia os Estados de Santa Catarina e Paraná, passaram os prefixos iniciais, de PY2 para PY5.

 

Posteriormente, ainda em 1936, foram os distritos transformados em Regiões, quando então fomos definitivamente integrados à 5º Região.

 

O crescimento, nos primeiros anos, foi lento e obstinado.

 

Em 1948 contava o Estado com 25 radioamadores. Os PY5 catarinenses estavam subordinados administrativamente à Delegacia da Região, sediada em Curitiba. Na oportunidade esboçou-se um movimento, reinvindicando autonomia administrativa para Santa Catarina. O então único colega radioamador sediado na Capital, PY5QX, Percival Callado Flores, prefixado em 1940, gestionando junto ao Delegado Regional, PY5AS, Major Carlos Ciola Gambus e contando com o apoio da LABRE CENTRAL, reuniu no dia 13 de maio de 1948, os labreanos presentes em Florianópolis, na Confeitaria Chiquinho, convidando-os a participarem da fundação da LABRE de Santa Catarina. No dia 11 de junho do mesmo ano, Percival foi eleito o seu primeiro delegado.

 

A propósito, vale a pena relembrar alguns fatos marcantes e algumas curiosidades. O primeiro QTC falado, foi irradiado no dia 22 de agosto de 1951, na freqüência de 7.050 Khz, através de um transmissor de 200 watts, construído por PY5QX e PY5UC, Alberto Edmundo Gonçalves. Esse e os subseqüentes QTCs falados tiveram excelente audiência e receberam reportagens do interior do Estado e de cidades do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

 

Essa primeira fase da LABRE em Santa Catarina, contou com a participação dedicada e efetiva dos colegas Abílio Gonçalves, PY5QC, Wilson Laus Schmitt, PY5RU, Galileu Craveiro de Amorim, PY5RX, Eurico Krobel, PY5SN e Normando Tedesco, PY5QO, sub-delegados em Joinville, Criciúma, Lages, Itajaí e Caçador.

 

O colega PY5QV, João Radziminski, assumiu a delegacia da LABRE em Santa Catarina a 5 de novembro de 1951. Paralizado e deformado por insidiosa enfermidade, dirigiu a LABRE de sua cadeira de rodas, com pertinácia e dedicação.

 

A folha de serviços prestados pela LABRE de Santa Catarina à comunidade, certamente registra expressivos episódios de civismo, abnegação e trabalho. O lema “Quem não vive para servir, não serve para viver” sempre pautou a atuação dos nossos legítimos radioamadores. A oportunidade de cultivar novas amizades, de eliminar o formalismo do relacionamento entre as pessoas, cada vez mais encurta as distâncias entre os homens de boa vontade.

 

E é neste momento, em pleno século XXI, dispondo de todas as facilidades que o vertiginoso avanço tecnológico coloca ao nosso alcance, que devemos reverenciar com o maior respeito e admiração, os colegas que, lutando com toda a sorte de dificuldades e carências, a 70 anos, deram partida ao movimento que hoje reúne a grande família radioamadorística.

 

Obs.: Texto publicado na Revista Blumenau QRV, edição comemorativa da XXIV Concentração de Radioamadores da 5a. Região, realizada em Blumenau-SC, de 24 a 26 de outubro de 1980.

 

 

Colaboração: IVAN DORNELES RODRIGUES - PY3IDR 

email:  ivanr@cpovo.net 

 


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