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            .... 
            
                INTERFERÊNCIAS
            EM RECEPTORES DE RÁDIO E TELEVISÃO
            
                 
            
            
             ENG.
            ANTÔNIO FERNANDES NEIVA
            
                
            
            
             1.
            A par dos problemas oriundos dos próprios aparelhos
            receptores, crescem a cada dia as dificuldades para se captar uma
            emissora de radiodifusão livre de perturbações. No rádio, à
            programação normal sobrepõem-se ruídos, zumbidos, assobios,
            vozes estranhas e, até mesmo, programas de outras emissoras; na
            televisão, as imagens ficam trêmulas, embaralhadas e às vezes
            superpostas ou chegam a desaparecer. O que fazer, nestes e em outros
            casos e a quem apelar, é o que se pretende esclarecer.  
            
            
             A
            maioria dos problemas de rádio-interferência tem soluções mais
            simples do que se imagina; todavia, para se chegar às correções
            recomendadas, há necessidade de algumas observações,
            relativamente fáceis, que permitam identificar o tipo de perturbação.  
            
            
             Antes
            de se apontar uma estação de radiocomunicação ou de radiodifusão
            como responsável por um problema de interferência, embora
            aparentemente tudo indique ser a culpada, é preciso verificar as
            condições de funcionamento do receptor e o estado da antena. As
            estatísticas mostram que a maioria das causas de interferências
            objeto de reclamações se encontram no conjunto antena-receptor.
            
              
            
            
             1.1
            O RECEPTOR
            
              
            
            
             A
            maioria dos fabricantes constroem receptores segundo especificações
            técnicas rígidas, garantindo-lhes boa imunidade a sinais
            interferentes. Isto, todavia, não é a regra geral.    Ponderável
            parcela de indústrias e de montadores fabricam receptores no
            estrito limite mínimo para funcionar como tal. Os componentes
            empregados são de má qualidade e o desempenho, de um modo geral,
            ruim.  
            
            
             Há,
            pois, que se precaver no momento da aquisição do receptor.
            Produtos de fabricantes pouco conhecidos requerem maior atenção;
            um bom indício de seriedade e responsabilidade comercial é dado
            pelo conteúdo dos folhetos de instruções de uso:    quanto
            mais informações (tais como esquema elétrico, relação de
            componentes, como sanar os defeitos mais simples, listagem de postos
            de serviços autorizados, etc.), mais confiável é o equipamento. Não
            se iludir com dizeres como “o mais possante”, “o melhor
            desempenho”, “categoria internacional”, “pequeno por fora e
            grande por dentro”, pois são frases de efeito, puramente
            comerciais.  
            
            
             Qualquer
            equipamento eletro-eletrônico - e os receptores domésticos não
            fogem à regra - necessita de cuidados periódicos de conservação
            para mantê-lo em bom estado.    Naturalmente,
            quanto melhor a qualidade do aparelho, menos freqüentes serão as
            necessidades de manutenção.  
            
            
             Conveniente
            é ressaltar, que os receptores instalados próximos à orla marítima,
            em regiões de tráfego intenso ou fabrís, de elevada poluição química,
            muito quentes e úmidas, ou, ainda, em locais muito poeirentos
            (especialmente próximos a zonas mineiras e fábricas de cimento),
            necessitam de conservação mais a miúde porque seus componentes
            sofrem maior e mais rápida deterioração.
            
              
            
             1.2
            ANTENA
            
              
            
             A
            antena é uma peça importante no funcionamento do receptor, e é fácil
            entender: ela deve captar o sinal desejado e entregá-lo ao receptor
            para que este tenha um bom desempenho. Entretanto, é comum não se
            dar a necessária atenção a sua função e isso ocorre porque nas
            zonas urbanas os sinais das estações radiodifusoras locais são
            muito intensos e quase dispensam o uso de antena. Nas regiões
            suburbanas ou mais afastadas, sua importância é reconhecida, em
            face das dificuldades comumente encontradas.  
            
            
             A
            escolha da antena apropriada normalmente não constitui preocupação
            para o leigo, quase sempre induzido pelo vendedor - tão desprovido
            de conhecimentos quanto o próprio freguês - a adquirir “um tipo
            de excelente desempenho”.  
            
            
             Antenas
            inadequadas podem causar recepção tão ruim quanto a sua ausência.
            Antenas de “alto ganho” podem “entupir” o receptor com
            excesso de sinal, provocando efeito contrário ao pretendido.
            Antenas “multibanda” recebem não apenas a estação desejada,
            como inúmeros sinais indesejados que podem destruir totalmente a
            recepção almejada.    Como
            escolher? - determine os canais de televisão ou a faixa de freqüências
            de rádio desejados; avalie a distância às transmissoras (ou pelo
            menos a região onde está: urbana, suburbana próxima, suburbana
            afastada ou rural); analise as facilidades para instalar a antena (área
            disponível, existência de outras antenas de recepção e de
            antenas transmissoras próximas) e, finalmente, considere se a sua
            área não é muito poluída ou está em região de condições climáticas
            adversas, pois, nestes casos, necessitará de antena de construção
            mais reforçada.  
            
            
             Dê
            preferência a antena monocanal ou, se multicanal, ao tipo específico
            que só receba o que lhe interessa. Não instale antena que tenha
            “sobra” de capacidade para receber canais ou faixas de freqüências
            onde não há emissora correspondente, pois isto poderá acrescentar
            novos problemas.   
            
            
             1.3
            Use o menor comprimento possível de fio de descida da
            antena, e da melhor qualidade. Material barato costuma ser ordinário
            e logo se estragará, requerendo substituição. Em locais de alta
            poluição, use fio de duplo isolamento; em áreas sujeitas a
            interferências (muita concentração de transmissores, usinas, tráfego
            pesado, instalações industriais ou ainda próximas a redes elétricas),
            dê preferência a cabo coaxial, mas, neste caso, consulte um
            vendedor quanto aos dispositivos “casadores de impedância”
            exigidos, para não fazer uma instalação deficiente.
            
              
            
             2.
            AS FONTES DE INTERFERÊNCIA
            
              
            
             As
            fontes de interferência são variadas; assim, o conhecimento de
            suas características gerais e de alguns recursos práticos, poderão
            fornecer-lhe subsídios para resolver o seu problema e ajudar os rádio-operadores,
            às vezes desprovidos dos necessários conhecimentos técnicos.  
            
            
             As
            principais fontes de interferências são: a atmosfera, os
            transmissores de rádio, as máquinas e motores elétricos, a ignição
            de motores a explosão e os componentes de circuitos e redes elétricas.
            
              
            
             2.1
            A ATMOSFERA
            
              
            
             A
            atmosfera é uma fonte de interferência natural muito ativa e pouco
            é possível fazer contra a sua ação. As descargas elétricas
            (raios) associadas às tempestades geram sinais de rádio que
            atingem distâncias consideráveis sob a forma de “estática”.
            Felizmente, na maioria dos casos e conforme a região, a incidência
            tem curta duração.
            
              
            
             2.2
            OS TRANSMISSORES DE RÁDIO
            
              
            
             Os
            fabricantes de transmissores os constroem dentro de especificações
            técnicas rigorosas e, além de utilizar componentes de boa
            qualidade, empregam recursos específicos contra rádio-interferências.
            Entretanto, há montadores, experimentadores e até mesmo
            fabricantes que, por falta de escrúpulos, ou por ignorância,
            constroem aparelhos de má qualidade, verdadeiras fontes de dores de
            cabeça não apenas para o operador, como para toda a vizinhança próxima
            ou afastada.  
            
            
             O
            Ministério das Comunicações, através da ANATEL - Agência
            Nacional de Telecomunicações, cuida da qualidade desses
            equipamentos, permitindo o seu emprego quando atendem as exigências
            mínimas previstas nas normas técnicas. Essa permissão é expressa
            através de um “certificado de homologação” ou uma “comunicação
            de registro”.  
            
            
             Assim,
            um primeiro indício de má qualidade de um transmissor é o fato de
            não estar “homologado” ou “registrado” na ANATEL (A ANATEL
            publica a relação deles).  
            
            
             Além
            disto, embora não seja muitas vezes perceptível ao leigo, mesmo os
            bons transmissores são frequentemente adulterados por proprietários
            que agem de má fé, desprovidos dos mais rudimentares princípios
            de urbanidade e de respeito à comunidade que integram, ou ainda,
            pela presunção de possuírem conhecimentos práticos mais
            requintados do que os projetistas. Alteram os equipamentos e passam
            a irradiar com potência acima dos limites legais, transformando-os
            em fonte de interferências prejudiciais.  
            
            
             Uma
            prática comum é o uso adicional de amplificadores de potência
            (“botinas”), proibidas, mas mostradas por seus proprietários
            com grande satisfação, pois estão “indo mais longe”,
            “desbancando as irradiações mais fracas”.  
            
            
             A
            ANATEL age com rigor quando localiza tal infrator que, além de
            estar sujeito a ter o seu equipamento apreendido, poderá ser
            processado criminalmente.  
            
            
             Todavia,
            muitas vezes o problema se deve a conhecimentos insuficientes do
            operador e, nestes casos, medidas simples eliminam a origem das
            interferências. Por exemplo:
            
              
            
             -
            transmissores desalinhados, desajustados ou mal sintonizados
            
             
            
              Um
            repasse geral com o auxílio do manual 
            do equipamento pode realizar “milagres” e normalmente é
            fácil de ser feito.  
            
            
             Raramente
            será necessário recorrer a uma oficina especializada, a menos que
            algum curioso tenha tentado “melhorar”qualquer ajuste interno.
            
              
            
            
             -
            instalações deficientes
            
              
            
            
             Bastante
            comum entre os itens normalmente desprezados, mas de importância,
            é a falta de ligação “terra” ou, quando existente, de
            qualidade duvidosa (os transmissores exigem para o correto
            desempenho, uma ligação “terra” bem feita).  
            
            
             Não
            dispondo de facilidade para ligar à rede de canalização metálica
            do abastecimento d’água ou à estrutura metálica do prédio, o
            melhor é construir um “terra”, usando para isto uma ou mais
            “hastes de terra” (copperweld*, com 2 metros de comprimento e diâmetro
            de ¾ de polegada), enterrada de preferência em terreno úmido,
            vegetal ou argiloso.  
            
            
             O
            cabo utilizado para a ligação terra deve ser de calibre
            conveniente (no mínimo 12 AWG) e sem emendas.  
            
            
             As
            conexões à haste de terra, assim como no chassi do transmissor,
            precisam estar mecânica e eletricamente bem feitas.  
            
            
             Todos
            os cabos de interligações ao transmissor (cabo de antena, cabo de
            microfone e cabo de alimentação de energia) devem ser inteiriços,
            de tipo e calibres adequados.  
            
            
             Os
            conectores e terminais precisam estar em bom estado e com perfeito
            acabamento de soldagem. Fios partidos, oxidados ou emendados por
            simples ligação mecânica (torcidos); isolamento quebradiço ou
            incompleto, cabos de antenas soltos ao sabor do vento ou
            desprotegidos do tempo, blindagens rompidas, oxidadas ou sem ligação
            ao cassis do transmissor, constituem as deficiências mais comuns,
            responsáveis pelo mau desempenho da estação transmissora e são
            fontes de interferências perniciosas aos vizinhos.  
            
            
             Muitas
            vezes, os rádio-operadores retiram o equipamento de dentro da caixa
            metálica acondicionadora, com o intuíto de melhorar a refrigeração
            dos componentes alterando características elétricas e eliminando a
            indispensável blindagem que evita a irradiação indesejada de espúrios
            de rádio-freqüência.  
            
            
             É
            difícil convencê-los da tolice que cometem.
            
              
            
            
             -
            antenas impróprias
            
              
            
            
             O
            uso de antenas inadequadas para transmissão é mais freqüente do
            que se imagina. O desconhecimento elementar do comportamento dos vários
            tipos usuais, leva radiotécnicos ou instaladores mal informados, a
            utilizar antenas impróprias ou, se adequadas, mal instaladas.  
            
            
             Uma
            boa instalação de rádio-transmissão não coloca a sua antena
            junto a antena de recepção para outros serviços, principalmente
            para os de entretenimento, como a radiodifusão.  
            
            
             Uma
            antena de transmissão deve ficar sempre afastada das de recepção,
            ou pelo menos em nível bem superior (5 a 7 m), evitando aproximações
            muito cerradas.  
            
            
             O
            proprietário de um rádio-transmissor tem obrigação de instalar não
            apenas na sua própria antena, como nas de recepção vizinhas,
            dispositivos redutores ou eliminadores de interferências. As boas
            normas de convivência social assim o exigem. Esses dispositivos são
            chamados de filtros, custam barato e podem ser obtidos nas casas
            revendedoras de peças de rádio.
            
              
            
             2.3
            MÁQUINAS E MOTORES ELÉTRICOS
            
              
            
            
             A
            interferência gerada por máquinas e motores elétricos está
            sempre associada a alguma forma de arco elétrico. Quando um arco elétrico
            é estabelecido, há a geração de energia de rádio-freqüência
            em larga porção da faixa de rádio. Quanto maior o tamanho do
            arco, maior a interferência produzida. Inúmeros aparelhos domésticos
            (liquidificadores, batedeiras, aspiradores de pó, máquinas de
            costura, etc.) criam arcos elétricos ao funcionarem, e poucas foram
            as pessoas que não observaram os seus efeitos no rádio ou no
            televisor.  
            
            
             Os
            responsáveis pelas interferências são os motores
            “universais”, que funcionam com escovas de carvão, num contínuo
            abre-fecha contatos, formando centelhamento (arco elétrico).  
            
            
             É
            simples eliminar ou reduzir consideravelmente este problema. De início,
            a providência é de manutenção: troca de escovas gastas, aperto
            ou substituição das molas que mantém as escovas (às vezes basta
            apertar parafusos), limpeza do comutador. Se isto não resolver,
            haverá necessidade de uma medida mais eficaz.  
            
            
             Neste
            caso, precisará da ajuda de um eletrotécnico para colocar dois
            capacitores de cerâmica, tipo disco, de 0,01 microfarads (no mínimo
            600 volts de isolamento) ligados ao terminal de cada escova para a
            carcaça.   
            
            
             Além
            disso, eventualmente, o uso de um “filtro de linha” possibilitará,
            praticamente, eliminar interferências residuais remanescentes. A
            sua ação será mais efetiva quando colocado junto ao aparelho do
            que na tomada de energia.  
            
            
             Os
            motores utilizados nos gravadores, relógios elétricos, geladeira,
            etc., não causam interferência, simplesmente porque não utilizam
            escovas e assim não formam arco elétrico.  
            
            
             Outra
            máquina elétrica industrial que gera problemas severos de interferência,
            é a de selagem de invólucros plásticos, pois opera com energia de
            rádio-freqüência de elevada potência. O circuito gerador da freqüência
            de operação da máquina, costuma ser muito rudimentar, produzindo
            inúmeras outras freqüências indesejáveis que provocam interferências
            em extensa área circunvizinha.  
            
            
             A
            solução só é conseguida com o uso de dispositivos especiais e
            neste caso, solicite a ação da ANATEL porque, normalmente, o
            assunto não se resolverá com facilidade.  
            
            
             Embora
            não sendo máquina elétrica, os luminosos a neon também podem
            gerar interferências danosas.  
            
            
             Identificado
            como fonte de interferência, haverá necessidade do concurso da
            firma instaladora ou de um eletrotécnico para resolver o problema.  
            
            
             A
            solução é simples e rápida: intercalar resistores de carvão de
            10.000 ohms/1 watt nos fios que alimentam o tubo de neon (luminoso)
            e ligar o transformador a um “terra”. Em algumas ocasiões é
            necessário enrolar ao longo de todo o tubo de neon um fio de cobre,
            calibre 24 AWG, em espiras espaçadas de cinco centímetros, ligando
            ambas as pontas ao “terra”.
            
              
            
             2.4
            IGNIÇÃO DE MOTORES A EXPLOSÃO
            
              
            
             O
            funcionamento dos motores a explosão, como os de automóveis e
            motocicletas, depende de um circuito elétrico simples, que deve
            fornecer aos cilindros do motor uma centelha elétrica de alta tensão,
            capaz de fazer explodir a mistura combustível.  
            
            
             A
            solução para eliminar as interferências provocadas pelo
            centelhamento, costuma ser fácil e barata. Provavelmente todos os
            proprietários de automóveis a conhecem: uso de supressores de ruídos
            nos cabos de vela e no cabo de ligação da bobina ao distribuidor,
            bem como, o emprego de capacitores do tipo coaxial, no distribuidor
            e no gerador (ou alternador).  
            
            
             As
            antigas caixas reguladoras de tensão tinham peças móveis e também
            precisavam dispor de filtros supressores. As novas, raramente geram
            interferências.  
            
            
             Algumas
            vezes, os motores dos limpadores de pára-brisa, dos movimentadores
            de vidros das portas, e de outros dispositivos geram ruídos
            impertinentes no rádio.  
            
            
             O
            uso do capacitor coaxial tão próximo quanto possível do motor elétrico,
            elimina esse inconveniente.
            
              
            
             2.5
            REDE DE ENERGIA ELÉTRICA
            
              
            
             As
            redes de distribuição de energia elétrica são construídas
            segundo padrões de boa engenharia elétrica. Entretanto, como
            qualquer aparelho, necessitam de manutenção conservativa, o que
            nem sempre ocorre com a freqüência necessária.  
            
            
             A
            principal fonte de rádio-interferência de redes elétricas provém
            do efeito corona, produzido por descargas elétricas que ionizam o
            ar em torno dos condutores.  
            
            
             O
            efeito corona gera interferências de difícil eliminação, que são
            mais sentidas no rádio AM e na imagem de televisão e, a não ser
            para linhas de transmissão de tensão muito alta, os problemas são
            resolvidos afastando-se as antenas dessas linhas cerca de 10 metros.  
            
            
             Alguns
            elementos da rede sofrem deterioração por ação do tempo ou mesmo
            de vandalismo e, tornam-se geradores de radiofreqüências que
            provocam interferências. Os componentes mais sujeitos a isso são
            os isoladores e os transformadores.  
            
            
             Imperfeições
            no isolamento, tais como rachaduras ou quebras de isoladores e
            perdas de material isolante nos transformadores, produzem o arco elétrico
            (“fugas”), já nosso conhecido como fonte de dores de cabeça.  
            
            
             Uma
            solicitação de serviços à empresa concessionária certamente
            resolverá o problema.
            
              
            
            
             3.
            A esta altura, supomos haver transmitido uma noção mais
            precisa dos relacionamentos existentes entre fontes de interferência
            e receptores de rádio e TV; de suas causas e de algumas providências
            que podem ser tomadas. Não há dúvida de que, por vezes, o
            problema é de solução menos imediata ou simples, requerendo
            recursos mais requintados e sobretudo boa dose de compreensão e auxílio
            mútuo entre as partes envolvidas.  
            
            
             Esta
            publicação não pretende resolver todos os casos e esgotar o
            assunto, mesmo porque certos recursos técnicos requerem
            especialistas mais habituados a lidar com tais problemas.   
            
            
             As
            associações que agrupam executantes de algumas modalidades de
            serviços de telecomunicações estão sempre prontas a prestar auxílio
            e assessoria técnica, porque são constituídas por pessoas de
            acentuado espírito de fraternidade e desejo de serem úteis à
            sociedade.  
            
            
             Além
            da ANATEL, os fabricantes de aparelhos de rádio, de televisão ou
            de transmissores e sua associação de classe, também podem prestar
            informações e auxílio nos casos mais difíceis.  
            
            
             Por
            outro lado, se cada um procurar instalar os seus aparelhos
            observando regras elementares, a convivência comunitária será
            menos conflitante e, portanto, mais agradável.  
            
            
             Finalmente,
            a constatação de uma interferência é sempre um aborrecimento.
            Assim, antes de tudo procure acalmar-se e ter paciência para
            enfrentar a situação com lucidez e inteligência. Certifique-se de
            que a interferência é externa, pois ela poderá estar sendo
            produzida na sua própria casa.  
            
            
             Tente
            identificar o interferente - às vezes é fácil. Procure contato
            com o mesmo - seja especialmente cordial - e juntos procurem
            resolver o problema. Esteja predisposto a fazer as alterações
            indispensáveis no seu sistema de recepção, aceitando a colocação
            de filtros ou mudanças na antena. Afinal, o objetivo principal é
            poder receber confortavelmente os programas de seu interesse.  
            
            
             Se
            você mora em prédio de apartamentos onde há um sem número de
            antenas de TV no telhado, procure observar aquelas antenas
            quebradas, tortas e danificadas, comunicando ao seu vizinho a
            necessidade do reparo, pois muitas vezes um pedaço de antena poderá
            funcionar como um elemento irradiante prejudicial a sistemas
            corretamente instalados (radiador passivo).  
            
            
             Se
            não for possível chegar a um acordo com o interferente, então
            reclame à ANATEL, utilizando o formulário próprio, Reclamação
            de Radiointerferência em Receptor de Radiodifusão ou em Aparelho
            Telefônico (nome do formulário), 
            à sua disposição em qualquer Escritório Regional deste órgão
            governamental.  
            
            
             No
            Rio Grande do Sul, a Agência Nacional de Telecomunicações -
            ANATEL, Escritório Regional - ER5, está situado na Avenida
            Princesa Isabel, 778 - PORTO ALEGRE-RS, CEP 90620-000. 
            
              
            
            
               
            
            
              
            
            
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