Entendendo Sinais Fracos

Entendendo Weak Signals

Por: José Carlos M Da Silva N4IS (grato a PY2NQ João pelo envio)

Sempre falamos em comunicação de sinais fracos, débeis e weak signals. Mas realmente como se  define um sinal fraco? …. o que não é forte… que é pequeno… que não mexe o S` meter… Certamente, se pretendemos preparar uma estação para weak signals devemos saber o que se é necessário para fazer isso.

Nesse artigo, vou fazer um resumo prático do que  se é  mais importante saber sobre esse assunto. Porém, se o colega quiser maiores detalhes , eu recomendo  o livro do  Ian While-G3SEK, “ THE VHF/UHF DX BOOK“.

Isso é muito importante porque vemos uma estação trabalhando um DX e outra estação semelhante não tendo o mesmo sucesso. É muito fácil culpar a localização e ou o operador, mas isso não é necessariamente verdade. Na maioria das vezes as partes da estação de VHF são simplesmente conectadas entre si, mas realmente não entendemos como elas se interagem. Na verdade muitas estações nunca funcionaram corretamente e o radioamador não suspeita que tem alguma coisa errada, porque na verdade nunca entendeu os  resultados que poderia obter com sua estação.

Porque os resultados nos outros países parecem tão diferentes? Vamos verificar isso.

Em uma comunicação entre A e B temos os seguintes componentes

1 –  Informação a ser transmitida pelo modulador,…………………… TX MOD

2 –  Energia entregue a antena e a antena transmissora ……………TX ANT

3 –  Caminho percorrido pelo sinal (propagação)……………………….PATH

4 –  Antena receptora……………………………………………………..RX ANTENA

5 –  Pré amplificador………………………………………………………..FRONT END

6 –  Receptor e desmodulador……………………………………………..RX

7 –  Recebimento da mensagem, ouvido humano ou computador…….RX DEMOD.

 

É mais simples explicar os módulos acima começando pelo ponto final:  o ouvido humano.

Relação sinal  ruído.

O que realmente conseguimos escutar?

A habilidade de copiar um sinal fraco depende principalmente da relação sinal ruído, o que é simplesmente a diferença entre o sinal recebido e o ruído presente na saída do receptor ou o que chamamos de “noise floor”. A capacidade auditiva humana varia de pessoa para pessoa, mas, de maneira geral, podemos dizer que para se copiar um sinal em SSB o sinal tem que estar no mínimo 3 dBs acima do ruído de saída do receptor. Na prática isso depende do tipo de modulação utilizada. Como experiência, vamos considerar todos os 7 blocos acima como constantes e vamos variar apenas o modo de modulação usado.

Qual seria a mínima relação sinal ruído necessária para se copiar o DX que estamos tentando trabalhar?

MODO        Min sinal acima do ruído.    Banda passante

FM…………………….10 dB………………………15   khz

AM…………………….6  dB………………………..5   khz

SSB……………………3  dB……………………….2.5 khz

CW…………………….0  dB ………………………100 Hz

 

Abaixo do limite  de audição do ouvido humano passamos a usar o computador em modos digitais. ….. e na realidade ao invés do ouvido se usa o olho !

PSK31…………………-10 dB……………………….10 Hz ( não tenho certeza desse numero)

FSK441………………..-10 dB……………………….2.5 Khz

JT44……………………-20 dB……………………….2 Hz

JT65……………………-25 dB……………………….1 Hz

Analisando a  tabela acima poderia se chegar a conclusão de que FM não é um modo adequado para  DX em VHF.

Mas a  realidade esta muito longe ! FM permite o maior nível de legibilidade de um sinal e um sinal de 10dB acima do ruído é muito mais fácil de ser copiado em FM do que em SSB ou mesmo em CW.  O problema com o FM é que abaixo desse nível o circuito demodulador chamado “discriminador”, rapidamente PÁRA de modular o sinal da FI, entregando ao alto-falante somente ruído. Essa característica é muito usada para ajustar o “Noise Figure” dos pré-amplificadores quando não se têm o equipamento adequado. Pode-se fazer muito DX usando o modo  FM.

Nos demais modos, o modulador ainda funciona com sinais abaixo de 10 dB, mas, por exemplo, se o SSB é comprovadamente melhor que o AM, porque o AM é mundialmente usado na aviação civil ??? Não seria melhor se usar  FM ou SSB?

A resposta é simples ..SEGURANÇA DE VOO..  o AM é o  único modo que permite desmodular varias estações ao mesmo tempo, portanto se  dois aviões chamarem a torre ao mesmo tempo e na mesma frequência, o operador da torre vai escutar os dois ao mesmo tempo. Mas, se o modo usado fosse FM somente o sinal mais forte passaria pelo demodulador. Se fosse SSB, qualquer diferença na frequência das duas estações tornaria a recepção  do sinal mais fraco muito  difícil, prevalecendo somente o áudio do sinal mais forte.

A capacidade de recepção de CW sofre muitas variações. Um operador normal em média recebe sinais próximo ao nível de ruído o que seria 0dB, mas  alguns operadores privilegiados conseguem copiar sinais abaixo disso, chegando até a -3 db. Em casos extremos foi-se comprovada a decodificação de telegrafia a  -10 dB, isso devido ao fato de que alguns operadores possuem uma maior sensibilidade auditiva quando escutam o sinal de CW entre 300 Hz – 400 Hz. Outros ainda tem um pico de audição a um sinal de 200 Hz.

Um ponto muito importante quando se fala de ruído é a banda passante. O ruído é sempre provocado por eléctrons em movimento. Um condutor elétrico tem eléctrons que se movimentam de maneira aleatória devido a temperatura. Esse movimento aleatório de eléctrons resulta em uma flutuação da corrente o que é detectada como ruído aleatório ou “randon noise”.

Qualquer temperatura acima do zero absoluto causa ruído elétrico em um condutor. A temperatura absoluta é medida em graus Kelvin K. Para converter graus centígrados em Kelvin é só somar 273,16.

A formula básica para ruído é

Pr = K T B

Pr  é a potência do ruído em W

K é a constante de Boltzman 1.38 10 elevado a-23.

T é a temperatura em Kelvim

B é a banda passante.

 

Qual o ruído gerado por uma  resistência à temperatura ambiente?

Dá para se notar que na fórmula acima a potência do ruido não depende do valor da resistência.. O resultado para uma banda passante de 2.5 khz seria de Pr=1 x 10 (elevado a -27) W. Usando-se  a Lei de ohms para calcular a tensão na resistência, chegamos ao valor de  22.4 nV … isso mesmo, NANOVOLTS !

Portando, o mínimo sinal que podemos receber na temperatura ambiente com uma banda passante de 2.5 khz é de 22.4 nV

Na prática a sensibilidade de um receptor é limitada pelo ruído que o receptor gera internamente. O modo mais simples de definir a sensibilidade é o “NOISE FIGURE” ou NF.  Imagine um receptor ideal com ruído zero, e conectado a uma resistência na temperatura ambiente. Adicione então um Pré-amplificador, e o NF do pré-amplifador em db seria igual ao aumento em db do ruído na saída do receptor. É muito comum se medir a qualidade de um pré-amplificador pelo menor NF.

Porém, os fabricantes gostam de especificar os receptores usando uma medida chamada MDS (Menor Sinal Detectado), medido em potência DBm .

Isso confunde muito a comparação entre receptores, porém aqui vai a solução:

Para se comparar receptores usando MDS devemos primeiro verificar a banda passante. Por exemplo, a ARRL usa 500Hz  a RSGB usa 2.5Khz. Usando uma banda passante BW= 500 HZ se calcula o NF usando a fórmula abaixo:

NF = 147 – MDS

Um receptor com MDS de -138dBm apresenta um “Noise Figure” de:

147-138 = 9 dB                NF=9dB

Aqui vão alguns valores para os rádios mais comuns de VHF em 144 MHz

Radio            NF ( Pre on  )       IP3

IC910              5 db                 -6.4

IC746 PRO     5 db                 -3.1

IC746              8 db                 -2.4

FT847             5 db                 -19

IC-706             5 db                 -16

E qual é a sensibilidade de um transverter, ou qual seria a sensibilidade final do sistema se um pré-amplificador for adicionado na frente do transverter?

Nada vem sem custo, se adicionarmos um pré-amplificador de 1db NF na entrada de um IC746, duas coisas acontecerão ao mesmo tempo: a sensibilidade  será aumentada e a capacidade de se receber um sinal fraco na presença de um sinal forte será diminuída, o que  na prática representa que diminuímos o valor IP3.

A coisa funciona assim, o IP3 final do sistema será igual ao valor do IP3 do receptor diminuído pelo valor do ganho do amplificador também medido em db.

Na prática, em uma localidade rural o IP3 só seria um  problema com a presença de sinais de repetidoras locais. Por exemplo, se um radioamador for operar em uma  montanha  onde haja  uma torre com estações comerciais e repetidoras de VHF, qualquer receptor com baixo IP3 sofreria saturação e dessensibilização, impedindo a recepção de sinais fracos, além da presença de vários sinais resultantes de intermudação nos estágio de entrada do receptor.

Um valor aceitável para contestes e operações em locais de pouco ruído seria 0 dB de IP3. Com esse valor poderíamos trabalhar sinais fracos na presença de sinais locais de outras estações fortes. Portanto, a localização da estação é um fator muito importante. Por exemplo, se um radioamador morar perto da Avenida Paulista, que é o lugar preferido para as estações de TV (500 KW) na cidade de São Paulo, provavelmente ele  precisaria de um receptor com cerca de 60dB de IP3 para não sofrer saturação ou dessensibilização no receptor.

Mas como calculamos o NF figure do sistema?

Esse é o ponto principal e  muito importante para se entender o desempenho de uma estação de VHF DX.

Tsys=  Tant + Tpre + Trec/Ganho do Pre.

Tsys é a temperatura do sistema em graus Kelvin, para calcular o valor do NF usamos a fórmula abaixo.

NF= 10 log ( 1 + (Tsys/290)

Um IC746 com o pré desligado tem um NF de 12 db e um IP3 de 1.5, se adicionarmos mais um pré na entrada do receptor com  NF=0,4dB e um IP3 out de 20dB, o sistema final ficará com um NF de 0.78 dB, e com um IP3 de -23 db, o que o transformaria em um péssimo receptor para contest, mas esse receptor passaria a ter uma boa sensibilidade para fazer DX em VHF.

O uso de transverter de VHF com um receptor de HF é largamente usado por esse motivo, o radioamador consegue um sistema com NF baixo e um IP3 auto ao mesmo tempo. Mas na prática, isso não é tão simples, pois se usando um receptor de HF como IF em 28 MHz, é necessário conhecer o NF e o IP3 de entrada do receptor em 28 MHz.

Hoje em dia é muito comum se falar no novo rádio da Icom ou da Yaesu com 40 db de IP3, mas é importante saber para que frequência isso foi medido. O IC7800 tem um IP3 de 37db em 80 metros com o pré desligado, mas em 50MHz com o pré 2  ligado tem um IP3 somente de -4.4dB com um NF=5dB em 50MHz, o que é muito  parecido com um IC746, e inferior a um bom sistema com transverter.

Vamos analisar o caso de um FT1000MP e um transverter com  NF=1dB IP3= 17 db, sem o uso de um pré externo. Em 28 MHz o Ft1000MP tem um NF = 21.8 db com IP3 = 2… isso mesmo 2 ….24dB é para 14 MHz, e com o pré ligado (tipo Tuned), ficará com o NF= 6 e o IP3 = -9 db.

O NF do sistema fica em :

Pré do MP      NF       IP3

Off                  5.2       -16

FLAT               2.5       -16

Tuned             2.1       -30

Portanto, usando um transverter e um rádio de HF para IF, o sistema só funciona bem se o rádio tiver um NF menor que 10dB, e um IP3 de 20dB na frequência usada como FI, mas esse desempenho é muito difícil de ser encontrado em um radio para 28MHz .

Imagine um pré amplificador com 20db de ganho na frente do sistema descrito acima usando o pré do MP na posição Tuned com -30db de IP3, o IP3 final do sistema diminuiria  para -50db.!!!!

A solução é usar o mínimo ganho possível na entrada com uma IF mais robusta possível.

Mas, na prática, qual é a sensibilidade que o receptor precisa ter para se fazer DX em VHF??

A sensibilidade de um receptor fica limitada ao ruído total que a antena recebe. Vendo o ruído recebido pela antena como uma equivalência ao ruído produzido por um resistor na entrada do receptor, a uma temperatura medida em graus Kevin, podemos concluir como aceitável, que a sensibilidade do receptor seja igual à menor temperatura equivalente ao ruído que a antena esteja recebendo. Não encontraremos nenhuma melhora na relação sinal ruído se a sensibilidade do receptor for maior que o nível do ruído local.

Na prática, levando-se em conta somente o ruído atmosférico, e não o ruído provocado por equipamentos elétricos (man-made noise), podemos afirmar que para comunicações terrestres os valores mais comuns para uma localidade rural são os seguintes:

Banda             Temperatura  equivalente                 NF

50 MHz                      4000K                                     12dB

144 MHz                     200K                                       2.2 dB

432 MHz                     150K                                       1.8 dB

Portanto, para 6 metros, a maioria dos transceptores modernos possui uma sensibilidade mais que adequada, e o uso de um pré externo não melhora a relação sinal ruído, pois o valor final do sistema  estaria muito abaixo dos 4000K encontrados na saída de uma antena de 6 metros.

Falaremos mais adiante sobre ruído local “man-made noise”, mas antes disso apresentaremos o conceito final de como medir a sensibilidade de um sistema de maneira mais eficiente. Esse conceito é chamado:

Sensibilidade Efetiva do Receptor ou simplesmente “ERS”

Não confundir com uma medida muito conhecida e, de modo geral, muito fácil de se entender:  ERP ou seja  Potência Efetiva Irradiada. Um transceiver com 100W de saída e usando uma antena de 10dBd (relação sobre uma dipolo padrão no espaço) , tem uma potência ERP de 10 x 100 = 1000W sobre uma dipolo. Deixando tudo em db a matemática fica mais fácil , assim só temos que somar ou subtrair.

ERP ( dBW ) =  Potência do transmissor – perda  no cabo + ganho da antena.

Do lado do transmissor usamos a unidade de medida dBW, que é logarítmica, dobrando a potência o valor em dBW sobe 3 dB e cada aumento de 10 dB representa multiplicar a potência por 10. Se escutamos um sinal S9 + 5 dB e a estação que estivermos recebendo aumentar a potência de 100W para 1KW o sinal recebido vai subir 10dB, indo para S9 + 15dB. Cada unidade S representa aproximadamente 6 dB. O ERP é muito importante quando o sinal está fraco e o nível do ruído, ai com mais 3 dB você consegue sair do ruído, dobrando a potência.

Do lado do receptor vamos definir ERS, que é a sensibilidade efetiva do receptor. Entendendo os termos ERP e ERS fica fácil saber como se comporta a comunicação entre dois pontos, “A” e “B”. O sinal recebido em “A” é medido pelo ERS e o sinal transmitido em “B” é medido em ERP. Estimando a atenuação do caminho entre o ponto geográfico “A” e ponto geográfico “B”, medidos em db temos condições de determinar a qualidade da comunicação entre esses dois pontos. Esse valor representa a abertura ou propagação, a qual não podemos controlar, porém podemos melhorar o ERP e o ERS da nossa estação.

Agora, já podemos melhor definir a sensibilidade necessária para trabalhar DX em VHF. Sabemos também, que a sensibilidade é limitada pela relação sinal ruído e que se define pela equação abaixo.

Relação sinal ruido (db) = ERP – ERS – atenuação entre “A” e “B” (propagação)

O que podemos melhorar na estação para melhor ouvir e receber os sinais de DX em VHF ??

Pela equação acima a propagação é definida pela atenuação em db entre os pontos A e B e não esta sob o nosso controle. Podemos sim controlar os outros dois termos; do lado do transmissor podemos aumentar o ERP e do lado do receptor temos o ERS, que estudaremos abaixo.

O ERS pode ser calculado usando a fórmula abaixo, que embora parecendo complicada, merece nossa atenção. Principalmente a análise do resultado, que nos ajudará a responder a pergunta acima.

ERS = 10 log {  k  ( Trx + Tant ) B } ( dBW ) – ( Rx antenna gain, DB i ).

Onde :

“k” é a constante de Bolzan 1.38 10 elevado a -23

“B” é a banda passante

“Trx” é o Noise figure + a perda no cabo em db, convertido para temperatura.

“Tant” é o ruído que a antena recebe em todas as direções convertido em temperatura.

“Rx – antenna gain” é o ganho frontal da antena de recepção.

Temos uma constante “k” multiplicada por “T” e também multiplicada pela banda passante do receptor ”B”. Vemos aqui que o modo usado na comunicação diretamente influência a qualidade do sinal ruído. Por exemplo, o modo  CW é mais eficiente que o SSB, devido ao fato de que nesse modo podemos usar uma banda passante mais estreita (de até 50 Hz), consequentemente melhorando a relação sinal ruído. Se usarmos a mesma banda passante para os dois modos, (2500 Hz) , não teremos melhora no sinal ruído.

O que  precisamos saber sobre essa fórmula é que a ANTENA contribui com dois valores diretos e que a PERDA NO CABO TÊM A MESMA IMPORTÂNCIA QUE A SENSIBILIDADE DO RECEPTOR.

A antena do receptor contribui com dois valores muito importantes na equação da relação sinal ruído. O valor “G” do ganho de frente e o valor “T” que chamamos de temperatura da antena, que se defini pela soma de todos os lóbulos em todas as direções, pois todos eles contribuem para o recebimento de ruído .O “G/T” é a relação ganho temperatura da antena, e esse valor, na prática, só pode ser calculado  por computador e está disponível no trabalho do VE7BQH, que pode ser encontrado vários web sites. Esse trabalho ajuda o radioamador na escolha do melhor projeto de antena.

Vamos entender melhor esse tema. Uma antena unidirecional recebe ruído de todos os lados, tanto uma vertical como um loop horizontal. O ganho na direção do sinal recebido é unitário, porém a antena é extremamente ruidosa. A antena vertical é considerada a pior opção para a recepção de sinais fracos, mas se empilharmos 4 verticais, poderemos obter alguma melhora …?  O ganho melhora para até 9 db’s e esse ganho é o mesmo para  todas as direções, porém a temperatura da antena continua praticamente a mesma e o sinal recebido vai ser somado com o ruído atmosférico vindo de todas as direções.

É lógico que uma antena unidirecional tem sua utilidade e é por isso que a utilizamos, pois, por ser unidirecional, não temos que nos preocupar em orientar-lá para a direção em que o sinal é recebido. Por exemplo, eu gosto muito de me comunicar com muitos amigos durante a manhã usando 144 MHz, mas todos  em questão se localizam em diferentes direções. Nesse caso, eu necessitava apontar a antena para cada localidade em particular com o objetivo de obter a melhor recepção. Porém, quando a antena estava apontada para uma localidade, os outros colegas não conseguiam copiar meu sinal.

Atualmente estou usando uma antena com um G/T muito bom a 30 metros de altura, mas acabo perdendo muitos sinais de DX quando a antena direcional não está apontada para a direção correta do DX. Como solução, tive que fazer um array com 4 loops empilhados e colocar a 18 metros de altura. Para os contatos locais foi uma ótima solução, posso escutar todos ao mesmo tempo sem problemas.

O ganho dos loops empilhados ficou perto de 9 db …. uma beleza! Na primeira abertura de propagação eu esperava poder copiar os sinais de DX vindo de direções diferentes donde a antena estava direcionada. A minha antena a 30 metros e com 15 db de ganho deveria funcionar 6 db melhor que os 4 loops, mas  SURPRESINHA …. Na primeira abertura Es do ano, eu podia, na Yagi, copiar as estações de DX com S2 e S3; e, para um DX, esses sinais eram muito fortes. Porém usando os loops …  nada, NADA, NADINHA ……… somente quando o sinal do DX chegava a S9 na Yagi é que eu começava a escutar a estação. E temos que considerar que nesse dia não tínhamos nenhum ruído local – um silencio, pois havia chovido e não tinha nenhum QRM de linha elétrica.

Os loops foram um investimento caro e, nesse caso, totalmente inútil, pois eles só funcionam para o bater papo local. Também fiz o teste ao contrário, transmitindo com o loop e recebendo com a Yagi, e fui  muito bem escutado, mostrado que o  ganho de 9 db estava correto.

A conclusão é que, se quisermos obter sucesso com sinais fracos, é recomendado que tenhamos uma antena moderna, projetada por um computador utilizando programas criados depois dos anos 90, ou o mais atual possível.

EVITANDO AO MÁXIMO OS PROJETOS MAIS ANTIGOS!

Imagine como era difícil se projetar uma antena a 20 ou 30 anos atrás … tudo era no corta – mede – tenta de novo – corta mede – tenta de novo ……. um trabalho imenso, e temos que dar valor aos pioneiros que tanto trabalharam para que pudéssemos ter as primeira antenas com bom desempenho.

Hoje em dia um programa com o YO pode simular mais de 2000 modelos em poucos segundos, mas, mesmo assim, algumas antenas da M2, por exemplo, embora usando computadores modernos, necessitaram meses de trabalho para se chegar ao desempenho atual.

Mas que antena devemos usar, isso fica muito caro?

A maioria das estações na Flórida usam antenas da M2, ou os projetos do K1FO ou do DJ9BV. O melhor site para projetos de antena é o seguinte

http://www.ifwtech.co.uk/g3sek/diy-yagi

É fácil de se fazer uma antena de VHF, mas para que o funcionamento seja adequado tem-se reproduzir todos os detalhes milimetricamente.

Voltando ao nosso tema inicial do ERS ainda não respondemos totalmente a pergunta inicial:  O que  podemos melhorar na estação para  melhor ouvir e receber os sinais de DX em VHF? Nesse caso, já sabemos o que a antena representa, mas lembre-se do que sempre falam os veteranos:

” PARA TER UMA ESTAÇÃO BEM MONTADA VOCÊ DEVE QUE GASTAR 10% NO RÁDIO E 90% NA ANTENA”

Isso é uma questão de “Física Elementar” e não somente um conselho ou publicidade de fabricante de antena. Outro elemento tão importante quanto o NF do seu rádio, que pode ter custado mais de U$1000, é o cabo coaxial da antena com os conectores utilizados.

Vamos começar pelos conectores, os mais usados são dois: tipo “N” e o PL259, conhecido também como UHF ou simplesmente “conector de antena de radioamador”. O conector “N” foi projetado para não permitir vazamento de sinais ou na faixa de 1 Ghz, ele tem uma atenuação de 0,01 db em 1 Ghz e ~0,005 em 144 MHz. Na prática quando o conector “N” é soldado no cabo coaxial, tem uma perda de 0,05 db. Já o conector UHF, tem uma perda de 0.1 db.

O valor da perda de TODOS os conectores, mais a perda do cabo é somada ao NF do receptor. Por exemplo:

4 conectores x .01 = 0,4db  mais a atenuação de 30 metros de cabo RG 213 = 1 db TOTAL 1.4 db

Somando esse resultado a um receptor de NF = 5 db resulta a um de NF = 6.4 db. Mas se o receptor tiver um NF de 2 db, o sistema fica com 3,4 db.

Na teoria isso parece muito bonitinho, mas na prática se uma gota de água entrar em um conector a atenuação passa de 0,1 para 0,5 para um único conector! Isso multiplicado pelo número total de conectores representa uma perda grande de sensibilidade. E se a água continuar entrando no cabo a coisa vai para – 3 db … o que equivale a meia unidade “S” , o que é muito difícil de ser detectado. Mas, a estacionária da antena “SWR”  é pouco alterada, pois a atenuação não muda a impedância do cabo.

VOCÊ ESTÁ SURDO E NEM PERCEBE !!!

A solução é proteger o conector usando uma fita vulcanizada de auto-fusão com a SCOTT 23, assim como evitar o uso de tubo termoretratil, com cola ou sem cola, pois ele não protege a entrada de água no conector

Como saber se a estação de VHF está ficando surda??

Pode ser complicado se o radioamador não estiver usando uma antena moderna com elementos isolado do boom … Nas antenas modernas o mais comum é se usar um balum coaxial de 4:1, passar de 50 para 200 ohms e alimentar um dipolo dobrado isolado do boom. Nesse caso é possível medir a resistência de isolamento do cabo na ponta que chega ao rádio. Para a medição é-se necessário usar um Multímetro que chegue a 200.000 M ohms. Hoje já se pode encontrar  esses produtos a um preço bom, mas antes da compra lembre-se de  que os de 20.000 M ohms  não servem.

O cabo deve apresentar um isolamento maior que 200,000 M ohms, uma única gota de água já é o suficiente para abaixar esse valor para 180.000 ou 150.000. Mas, se chegar a menos de 20.000 M ohms, deve-se providenciar uma  manutenção no cabo. Por exemplo, eu tenho o costume de anualmente cortar o conector do cabo CELLFLEX 7/8 e reconectá-lo. Em geral, esse procedimento reduz a atenuação em 0.5 db. Isso mesmo, a atenuação em um cabo de uso prolongado se centraliza perto dos conectores, onde sempre se entra água no decorrer dos anos.

Manter uma estação de DX para VHF dá muito trabalho, e se o radioamador quiser manter o desempenho do seu sistema como o planejado, o trabalho  é constante.

Para se saber o ruído recebido pelo sistema deve-se fazer o seguinte: ligar a saída do rádio em uma carga fantasma, conectar um voltímetro AC na saída do auto falante e desligar o AGC, depois disso, deve-se ajustar o nível de ruído para uma leitura de uns 2% da escala do voltímetro. Depois é só conectar a antena no lugar da carga fantasma. Cada vez que a leitura do ruído dobrar de valor, o ruído subiu 3 db. Pode-se então fazer um pequeno gráfico do nível de ruído local.

Para um QTH rural o nível medido dificilmente chegará perto de 2 db, mas o normal é se estar acima de 5db. Na prática, se o ruído aumentar quando a antena for conectada, o receptor já possui uma sensibilidade suficiente para a sua localidade. Na maioria dos casos, os rádios novos com NF perto de 5 db são perfeitamente adequados.

Sabemos agora, com mais detalhes, como uma antena influência uma estação de VHF. As antenas modernas são medidas não só pelo ganho, mas pelo ruído total que recebe junto com o sinal desejado. Em geral, há mais um aspecto  importante a ser considerado quanto à escolha do projeto: o DX em VHF usa um pequeno segmento no inicio da faixa de 2 metros, entre 144.000 a 144.340, e as antenas modernas já são otimizadas para o melhor desempenho nesse segmento. Para cobrir o segmento de FM a antena precisa de uma banda passante maior. Por exemplo: a antena da M2 de 5 wl ou a 18xxx não funcionam bem acima de 145 MHz. Já a antena  M2 de 9 elementos tem um modelo para SSB e um para FM.

Escolher a antena certa já é um bom começo. Devemos notar que uma antena não muda a sensibilidade do seu receptor. O NF do receptor continua o mesmo, porém o ganho da antena e o G/T tem grande  influência  na sensibilidade efetiva do receptor, além do cabo e dos conectores.

Porém, é muito fácil de se estragar o desempenho da uma estação montando a antena no lugar errado da torre!

Uma antena Yagi funciona pelos sinais refletidos por todos os elementos diretores e pelo reflector somados no elemento excitador “DRIVEN ELEMENT”. Todo o corpo metálico dentro da área de captura da antena, de uma forma ou outra, reflete os sinais que está sendo irradiado, tornando-se parte da antena.

PARA EVITAR ESSE PROBLEMA, NENHUM CORPO METÁLICO NA MESMA POLARIZAÇÃO DA ANTENA PODE FICAR DENTRO DA ÁREA DE CAPTURA, INCLUINDO O CABO DE ALIMENTAÇÃO.

Uma Yagi vertical, só pode ser montada em um mastro metálico na horizontal, ou a antena deve ser montada totalmente na frente do mastro. O mastro no meio da antena com a mesma polarização simplesmente destrói o diagrama de irradiação. O ganho cai e os lóbulos laterais crescem muito. O resultado acaba ficando quase o mesmo que uma antena vertical unidirecional.

A regra prática usada para evitar a interação entre antenas na mesma torre é a seguinte: manter uma distância no mínimo de metade do boom da antena de maior frequência. Para as antenas de 144 Mhz com mais de 6 metros, usar a metade da distância ideal para empilhamento.

Este cuidado é muito importante e pode ser estudado mais profundamente no site abaixo, recomendo muita atenção nesse assunto.

http://www.ifwtech.co.uk/g3sek/stacking/stacking2.htm

Voltando ao assunto principal sobre o entendimento dos aspectos importantes na comunicação de sinais fracos entre dois pontos,  já estudamos a capacidade auditiva, os modos de transmissão, a relação sinal ruído,a eficiência do sistema receptor (incluindo a antena), e agora estamos indo para o caminho a ser percorrido pelo sinal “Path”.

Aqui, na prática a teoria é outra …

Para que um contato seja feito temos que saber os 3 ingredientes básicos da propagação. Em primeiro lugar temos que ter uma irregularidade na atmosfera, em segundo temos que ter ionização dessa irregularidade e em terceiro,e mais importante, temos que saber onde essa irregularidade esta !

Aqui , realmente na prática a teoria é outra ! O radioamador tem que fazer o seu sinal chegar até à região de irregularidade para que o sinal possa ser refletido nela. Na verdade temos duas variáveis: a direção da antena e o ângulo de elevação em relação ao solo.

Uma boa antena de VHF na direção errada não serve para nada ! Acertar a direção com o rotor é muito importante, mas, é fácil de se calibrar o indicador. Mas como pode-se acertar o ângulo de elevação ?

Aqui vai o segredo da maionese …. De um modo geral podemos dizer que “quanto mais alto a antena estiver melhor” … mas o caso não é bem esse. Para cada modo de propagação que estamos tentando usar, o ângulo a ser utilizado é diferente.

TROPO …… Existe 3 tipos diferentes de tropo, não vou entrar aqui na explicação física dos modos, mas sim em resultados práticos. De uma maneira geral, para tropo é necessário um ângulo muito baixo para se poder entrar na zona de reflexão. A tropo pode estar na superfície ou até a vários quilômetros de altura.

Es ou MS …. Os dois fenômenos são encontrados no final da camada “E” na atmosfera , acima disso existe um grande espaço com poucos átomos até a camada F2. Um verdadeiro buraco. Esse ponto fica entre 85 km e 100 km de altitude. A  curvatura da terra  limita os contatos a uma distancia máxima de ~2500 km, no caso de reflecção por meteoros (MS).  O rastro dos meteoros são estreitos, diferente de uma nuvem Es que pode ter quilómetros de extensão. O meteoro não pode começar a queimar mais alto porque não tem matéria para fazer o atrito. Tudo começa na camada E.

EME … tem-se que apontar para a Lua

TEP… Se inicia da faixa de TEP na camada E, mas segue a faixa do equador magnético.

Qual é o ângulo necessário para atingir essa área?

Isso varia com a distância do ponto onde se quer comunicar.

Distância      Ângulo de tiro em graus

500 km                                   18

1000 km                                 8

1500 km                                 4

2000 km                                 1

2500 km                                 0

Portanto, se quisermos otimizar uma antena para um contato em Esporádica ou reflexão por meteoro MS, iremos querer que o máximo ganho da antena seja a 8 graus.

Para maiores informações sobre esse assunto, visite o site abaixo:

http://www.qsl.net/w8wn/hscw/papers/ms_az_el.html

Como controlar o ângulo de tiro ou elevação?

Para elevar o ângulo é fácil, é só levantar a ponta da antena, mas para abaixar a coisa é diferente. Aqui vai a boa noticia: a antena tem um ganho adicional quando está paralela com a superfície. Isso é o “GROUND GAIN”. Esse ganho e o ângulo do lóbulo principal varia com a altura da antena em relação ao solo.

Esse assunto é muito estudado no artigo do OZ1RH abaixo sobre ground gain e ângulo de irradiação para antenas de VHF.

http://www.qsl.net/oz1rh/gndgain/gnd_gain_eme_2002.htm

Antenna height over flat ground        App. Ground gain in dB         Maximum radiation at degrees

½ l                                          -1,7                                         13

1 l                                           2,6                                          11

2 l                                           4,8                                          7

3 l                                           5,3                                          4,5

4 l                                           5,4                                           3,75

5 l                                           5,5                                          3

10 l                                         5,2                                          1,5

Por exemplo: para 144 MHz a antena a 20 metros de altura tem um ângulo de tiro de 1.5 graus; e para se fazer um contato a 1000km é necessário um ângulo de tiro 8 graus, nesse caso a antena deve estar a 4 metros de altura….SURPRESA ……

No caso de EME se não tivermos um rotor de elevação, a antena deve ser colocada numa altura bem baixa.

Na pratica devemos ter uma antena alta e outra baixa; eu, por exemplo, uso uma de 18 elementos a 30 metros e outra de 12 elementos a 10 metros, e quando faço EME eu  monto um braço na torre à 3 metros de altura, o que é suficiente apenas para que o refletor não encoste no chão.

O assunto sobre propagação em VHF não só é fascinante como ainda apresenta muitos mistérios. Manter-se atualizado ajuda a entender melhor o assunto, não que os artigos escritos a 30 anos atrás não sejam mais validos, mas com os  satélites que temos hoje em dia, além da Internet e do computador, os efeitos da natureza estão sendo cada vez mais bem entendidos.

Estou passando aqui alguns textos e sites que recomendo. As dicas práticas eu vou passar nos comentários sobre minhas experiências.

Para os dados atuais das condições de propagação, eu recomendo o site do Tomas – NW7US, que é editor de propagação de várias revistas, como a CQ –VHF.

http://prop.hfradio.org/

A maioria dos contatos em VHF do dia a dia ocorre na camada da troposfera. QSO’s de até 700 km são possíveis quase diariamente. Na troposfera a propagação sempre abre das faixas mais altas (1.2GHz) para as mais baixas (432, depois 222, depois 144, e depois 50 Mhz). O artigo do OZ1RH sobre como fazer contatos troposféricos diários de 700 km em 50MHz é muito importante, principalmente se lembrarmos que 144 MHz funciona melhor que 50 MHz nesse modo de propagação.

Já falamos o suficiente sobre como acoplar a antena à propagação, nos resta agora escolher o melhor modo para cada tipo de propagação.

No caso de voz, fica claro que FM é mais legível até ao nível de 10 db de sinal ruído, abaixo disso SSB é o modo a ser utilizado, porém se não estamos conseguindo falar em SSB, passando a usar o CW.

Hoje em dia, temos os modos digitais que são de 10 a 25 db mais eficientes que o CW, porém esses sinais são descodificados por computador tipo PSK 31, FSK 441, JT6M, JT44 e JT65. Todos esses programas usam o mesmo tipo de interface entre o rádio e o computador.

Qual modo digital devemos usar?

O PSK 31 é muito utilizado em HF e transmite um sinal de cada vez. Funciona bem, mas não foi desenvolvido para aproveitar os efeitos presentes na propagação de VHF, como os rápidos pings de meteoros ou os lentos QSB.

WSJT FSK441: Esse modo foi uma evolução do HSCW (High Speed CW), que transmitia CW a uma velocidade de 3000 a 10.000  palavras por minuto. O sinal refletido por meteoros tem a duração de 1 a 15 segundos em média, e tem duração suficiente para conter toda a informação necessária se ela for retransmitida completamente a cada 1 segundo. O modo FSK441 funciona com um rápido QSB, mas não funciona bem com propagação constante sendo, portanto, apenas apropriado para a reflexão de meteoros.

JT44: Devido ao sucesso do FSK441 com os quatro tons, O Joe- K1JT, resolveu testar como seria com 44 tons e adaptou o modo para EME, e isso foi um sucesso. Em JT44 o sinal é lentamente repetido por um 1 minuto. Embora o radio fique em modo SSB, com uma banda passante de 2,5 Khz, a banda passante resultante é de poucos Hz, depois de detectado pelo DSP da placa de som do PC e processado pelo software. Diferentemente do FSK441, o novo modo JT44 necessita que a estação transmissora e a receptora tenham um sincronismo na base de tempo menor que 1 segundo. Deve ser usado um  padrão de tempo como a WWV “Radio Relógio Atómico”, ou alguns programas que ajustam o relógio do computador pela internet,  comparando-o, assim,  com um relógio atómico.

JT6M: Esse modo nasceu da mistura dos dois acima. O rastro de um meteoro queimando na atmosfera aumenta de diâmetro ao mesmo tempo que diminui de intensidade. Em 222 MHz os pings são intensos e de curtíssima duração, em 144 eles são fortes e de duração de 1 a 5 segundos. Mas, em 50MHz eles são fracos e de longa duração. O Joe  aumentou o tempo de transmissão dos tons, para serem repetidos de 5 em 5 segundos, e aplicou o mesmo algoritmo desenvolvido para o JT44. O resultado foi fantástico, fizemos testes em 6 metros, com 100 W usando  antenas pequenas (3 a 5 elementos) e durante uma hora não conseguimos decodificar nenhum ping, quando passamos para JT6M, completamos o QSO em 10 minutos. Portanto, esse modo é muito apropriado para QSB longos e sinais fracos. Testes feitos recentemente com Es, tem provado que esse modo é muito eficiente. Durante testes realizados de W2/W3 com CN8 ficou constatado que sem nenhuma condição para SSB ou CW, o QSO usando JT6M foi realizado rapidamente. Muitos testes estão sendo feito com TROPO usando JT6M.

JT65: Esse novo modo usa 65 tons e novos algoritmos de correção de erros e, praticamente, substituiu o JT44.

Todos esses programas, bem como as apresentações em power point, podem ser conseguidos no site abaixo, TUDO DE GRAÇA uma verdadeira contribuição para o radioamadorismo.

Conclusão…

Montar uma estação de VHF é muito mais do que comprar vários equipamentos e conecta-los em série, pois, mesmo usando os melhores equipamentos disponíveis, o resultado final do sistema pode ficar muito abaixo do ideal. Procure manter a perda total do cabo coaxial abaixo de 1 db, mantenha o ganho do receptor o mínimo necessário para se notar um aumento do ruído quando a antena for conectada. Instale uma antena na altura e posição adequada para o modo que se quer fazer.

“A melhor antena é aquela que você tem, e é com ela que você vai fazer os melhores QSO’s, mas nada é mais eficiente do que ligar o rádio e estar ativo procurando fazer DX em VHF ”.

Abraços

Ze Carlos N4IS

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Author: Radioamador